domingo, 4 de novembro de 2007

Santa Misericórdia...

Não fosse uma exibição luchodependente de um lado, e do outro não fosse aquela bondade que têm os árbitros portugueses, que não conseguem ficar sem dar uma ajudinha no final dos jogos aos coitadinhos da segunda circular, manteríamos a vantagem de 8 pontos...assim sendo, baixamos para 6...para mim, o suficiente para quando em breve jogarmos contra os coitadinhos, estarmos suficientemente tranquilos para lhes poder enfiar uma abada daquelas das antigas, porque aquela equipazeka, meu Deus, que cambada de aleijadinhos...Orelhas não tens escapatória...o puxão do Orelhas cada vez mais próximo...esperem para ver...

Por enquanto, força Porto , terça exigimos uma boa ensaboadela com sabão de Marselha...
e força Celtic, felizmente na Champions os árbitros são outros...têm menos misericórdias...

4 comentários:

Ricardo disse...

Olá, sou benfiquista e acho a falta sobre o Léo discutível. Na primeira vez que vi, pareceu-me fita; depois na repetição fico com algumas dúvidas. É certo que Léo parece aproveitar-se da situação, mas também é óbvio que o jogador do Paços, em vez de perseguir a bola, deixa-se ficar. Fica a dúvida. Depois no lance o golo surge. Podia não ter surgido. Enfim, a não ser falta (eu não tenho certeza que não é; talvez tu tenhas) o árbitro acaba a "ajudar" o Benfica, mas gostaria de lembrar que - 2 minutos antes - Bruno Paixão marcou um livre PERIGOSÍSSIMO, em cima da linha de grande-área do Benfica (essa sim, com muito mais probabilidade de golo do que a que, de facto, deu) que por e simplesmente não existiu. É que essa falta não deixa dúvidas: não existiu.

Portanto... falar-se tão displicentemente em ajudas parece-me falso e injusto. Ainda para mais quando não referes (dizes apenas que o FCPorto não ganhou por ser luchodependente [que o é, não haja dúvidas]) que o FCPorto marcou um golo, com o Postiga CLARAMENTE em posição irregular.

Eu tenho para mim que, hoje em dia, nenhum dos grandes é beneficiado em relação aos outros dois, mas a verdade é que continuo a ver em todos os blogues (e, claro, cada um tendo os óculos de cabedal da respectiva cor) e na realidade (no fundo, esta parcialidade é transversal a quem vê futebol; se gosta, já é outro assunto) esta espécie de "assobio-para-o-lado quando sou beneficiado, culpo toda a gente quando os outros o são". Acho mal.

Ah e acho mal outra coisa: Quereres que o Celtic ganhe o jogo. Mas tens, claro, o direito a ter preferências.

Eu cá prefiro que o FCPorto ganhe ao Marselha. Olha nem que seja para que se um dia ficar em terceiro lugar, ter a hipótese de disputar a eliminatória da CHampions. Nem que seja, mas não é.

Abraço

Wilson GS disse...

ricardo, obrigado pelo teu comentario , bem mais evoluido que os comentarios e COPY PAST a que nos habituou um certo adepto benfiquista asnonimo que costuma(va) vir aqui...

Compreendo o teu ponto de vista, mas a verdade é que as tais ajudas, ou erros, quando são em beneficio do Porto, o que acontece muito menos vezes que ao Benfica (basta ver à lupa todos os jogos esta época), os jornais não deixam de fazer os seus comentarios porcos e a relançar um clima de suspeição sobre o nosso clube. Quando isso acontece ao Benfica, (o que tem sido regra em muitos jogos disputados desde o principio da época)ninguém fala, os jornais continuam a treta anti-portista e pro-benfiquista...é por isso que este blog existe, para não deixar fugir essas situações, e embora de um modo faccioso e imparcial reconheço, mas no tom da brincadeira, abrir os olhos e rebentar com alguns "oculos de cabedal vermelhos"...simplesmente isso!

sê bem vindo, a conversa pode ter bem mais interesse quando as ideias são debatidas de maneira civilizada como foi o teu caso...

Pato Donale disse...

"O homem que resolve

Fabuloso Liedson: entre Fátima e Alvalade, entre quarta-feira e domingo, ele sozinho fez esquecer a anunciada crise do Sporting. Em ambos os jogos, o Sporting foi inferior, enquanto equipa, ao seu adversário e podia muito bem ter perdido ambos, não fosse essa serpente venenosa à solta, que tanto saca golos monumentais em remates inesperados, como se introduz na mais pacífica das jogadas alheias para semear o pânico e acabar por sacar um penalty ou um golo de onde, aparentemente, não haveria perigo algum. Já o disse antes e repito-o: Liedson e Quaresma são os únicos grandes jogadores que restam na Liga portuguesa, para além do caso especial de Rui Costa.

Para ser também um dos grandes pontas-de-lança de referência do futebol europeu, só falta a Liedson impor-se exactamente nos jogos europeus, o que até aqui não tem conseguido. Amanhã à noite, contra a Roma, o Sporting bem precisa que o seu talento à solta esteja em campo contra os italianos, porque apenas uma vitória manterá os verdes na luta pela qualificação e poderá significar o fim da tal crise.

2O FC Porto, recebendo o Marselha, está em melhor posição: um empate, até mesmo uma derrota, não significa logo o fim de todas as esperanças. Mas uma vitória projectará a equipa para o primeiro lugar do grupo e com a qualificação praticamente garantida. Lucho Gonzalez vai fazer muita falta, pois que com ele sucede o contrário de Liedson: muitas vezes apagado nos despiques internos, às vezes mesmo totalmente ausente do jogo, ele emerge, como se tivesse estado a hibernar, nos grandes jogos europeus. Em Marselha, dos 28 jogadores que passaram pelo jogo, foi ele quem mais correu: quatorze quilómetros. E não correu à toa, correu sim ao seu melhor nível, com aqueles passes que rasgam uma defesa inteira e subitamente abrem clareiras junto à área adversária.

Ao FC Porto falta o que o Sporting tem em grande estilo: um ponta-de-lança a sério. Pese à sensacional época do «goleador» Lisandro, e por mais que o próprio se reinvindique como tal, ele não é um ponta-de-lança de criação natural. Está nessas funções porque nenhum dos muitos outros — Adriano, Postiga, Farias, Édgar, Rui Pedro, Bruno Morais, mais uma série deles emprestados — conseguiu até à data destacar-se de uma mediania não aceitável num campeão nacional. O campeonato está, aliás, cheio de pontas-de-lança bem melhores do que qualquer um da colecção ao dispor do campeão nacional. Enfim, o eterno mistério das compras de Verão…

Entretanto, esta surpreendente equipa-fixa de Jesualdo Ferreira, que tantas vezes tem ganho esta época sem jogar bem, voltou agora a ceder um empate jogando bem — como já havia sucedido em Marselha. No deslize caseiro contra o Belenenses, que interrompeu aquela impressionante série de vitórias no campeonato, não encontrei razão alguma para criticar a exibição da equipa. Do princípio ao fim do jogo, o FC Porto lutou infatigavelmente pela vitória, face a um Belenenses que se fechou e defendeu muito bem, mas que pouco atacou com perigo, sobretudo na segunda parte. Houve também «casos do jogo», mas não foi por aí que o FC Porto viu fugir-lhe a vitória. O primeiro golo dos portistas, e único que valeu, é claramente offside; mas nem o segundo nem o terceiro, ambos anulados, o são. Mas todos resultam de jogadas muito rápidas e com decisões às vezes ao centímetro e que não são humanamente cobráveis à arbitragem. Entendo que, nestes casos, não é legítimo queixas da arbitragem, mas, quanto muito, apenas da pouca sorte. E o resumo do jogo, tal como o vi, é esse: o Belenenses teve mérito no empate que sacou, mas, com um pouco de sorte, o FC Porto teria ganho e também com justiça. Não há crise. Até porque…

3…Porque o Benfica, por exemplo, que segue no segundo lugar, demonstra, jogo após jogo, que só por acaso ou por sorte ocupa tal posição: há várias equipas classificadas abaixo bem melhores do que o Benfica. Não têm é a sorte de vencer todos os jogos à tangente e nos últimos instantes ou não têm também o seu Bruno Paixão para, citando o relato de A BOLA, «empurrar os pacenses para a sua área de forma habilidosa e digna de compêndio», terminando por transformar um empate em vitória e assegurar aos encarnados a tão desejada recuperação de dois pontos para o FC Porto. Este Bruno Paixão, aliás, é sempre mais do mesmo, já não surpreende ninguém. A bem dizer, só surpreendeu mesmo quando, logo no início da sua carreira no topo, assinou aquela inesquecível arbitragem no Campomaiorense-FC Porto. Logo aí, quem manda na arbitragem, percebeu que só tinha uma de duas soluções: ou acabar com a carreira dele imediatamente ou fazer à portuguesa, deixando-o tranquilamente em paz para ir progredindo por antiguidade, independentemente do mérito e da credibilidade. Escolhido o segundo caminho, muito «Apito Dourado» e muita «Corrupção» depois, ele aí está, impune a tudo, caminhando tranquilamente até à reforma. Que se há-de fazer, se vivemos a época da «transparência» e da «regeneração»?

4Tal como havia previsto, os jogadores do Braga, depois de muito se esforçarem, acabaram por mandar o seu treinador para o desemprego. Tanta displicência em campo, tanta falta de humildade e de atitude, só podiam conduzir a maus resultados. E já se sabe que, quando os resultados são maus, paga o treinador, quer tenha culpa, quer não — porque o presidente é irresponsável por natureza e os jogadores estão defendidos por contratos de trabalho que não os obrigam a correr nem a esforçar-se. Completamente à toa, o presidente António Salvador despede treinadores como quem muda de camisa, põe espiões a vigiar os hábitos nocturnos dos jogadores, muda os horários dos treinos e os dias de folga. Enfim, trata os jogadores como meninos mal comportados, ao mesmo tempo que, contraditoriamente, responsabiliza o treinador. E, no fim, ainda tem talento para se dedicar àquela estafada rábula do «segurem-me senão eu saio!», tão típica dos presidentes que se acham insubstituíveis.

Que um tipo queira ser jogador de futebol, eu percebo muito bem. Também percebo que queira ser treinador — todos quereríamos sê-lo de vez em quando. Mas um dia ainda me explicarão esse fascínio por ser dirigente do futebol — e logo do futebol português. Porque há-de alguém, excepto pontualmente e com espírito de missão e de sacrifício ditados por paixão clubística, querer dirigir clubes arruinados, aturar os caprichos de jogadores que se acham vedetas aos 18 anos, de «empresários»que não dão tréguas e adeptos que passam as horas de trabalho da semana plantados à porta dos centros de treino ou dos estádios a insultar tudo e todos, quando as coisas correm mal? A única explicação que vejo para esta estranha atracção pelo poder é o desejo de dar nas vistas e se transformarem em «figuras públicas» de audiência nacional. Deve ser isso que explica também a quantidade de novos-ricos emergentes que, mal chegam a presidentes de clube e vêem os holofotes e os microfones estendidos para eles, se tomam por gente importante e invejável. Mas que vocação!"

MST - In A Bola - 06/11/07

Paulo Pereira disse...

Premonitórias palavras tuas! E não é k os árbitros na Champions são menos misericordiosos do k os desta tragicómica liga? Bynia k o diga, depois da selvática entrada, identica a tantas outras, mas com a diferença do homem do apito ser integro.

Abraço,